Temos assistido ao longo desta Governação a um desrespeito total pela mais elementar estrutura de suporte da Nação Portuguesa, que é o garante de todos os direitos e deveres do cidadão nacional, ou seja, à Constituição da República Portuguesa.
Felizmente que o Tribunal Constitucional tem, em algumas situações, funcionado de forma imparcial na interpretação de alguns diplomas, contudo é importante que todas as medidas extraordinárias tomadas para rectificação de medidas inconstitucionais sejam, antes de aprovadas, analisadas de forma sequencial, quanto à sua legitimidade.
Nas ultimas semanas não se tem falado muito nesta temática, mas é importante que ela permaneça e que estejamos sempre alerta para aqueles diplomas que são aprovados pela AR passando despercebidas.
Veja-se e questione-se, a legitimidade da questão agora aprovada relativamente às alterações regime da função pública, nomeadamente quanto a rescisões, vinculo contratual, aumento de horário de trabalho, etc...
Note-se que, o principal alvo do Governo tem sido precisamente a função pública e equiparados, quer no activo quer reformados.
Alias tem existido a preocupação de utilizar de uma forma ou de outra a comunicação social para colocar as classes laborais em discórdia, uma vez atacando o sector público, outra o sector privado.
Quando há pouco tempo se discursava sobre crescimento económico em Portugal, sobre a criação de condições para incentivo à economia, era espectável por exemplo, a redução das taxas de IVA na restauração e hotelaria, a implementação de planos de apoio financeiro a pequenas e medias empresas, com taxas de juros e prazos variáveis em função da produtividade (combatendo o desemprego), etc,etc...
Portugal é um pais que é privilegiado sob o ponto de vista geográfico e cultural, tendo sido no passado um grande império impulsionado pelo espírito de conquista e de valentia do seu povo. Ainda hoje, os indícios da nossa história estão espalhados por alguns continentes, por centenas de países, onde deixamos a nossa marca cultural, arquitectónica a nossa língua.
Somos portanto privilegiados nessa vertente, podendo perfeitamente incentivar esses recursos, promovendo a cultura, o turismo, a divulgação das nossas excepcionais condições.
Mas infelizmente a cultura parece não fazer parte das armas deste Governo, nem neste, nem noutro qualquer sentido, preferindo o atropelo das normas constitucionais em prol de uma desmesurada corrida cega e surda que tem a pouco e pouco colocado este pais, agora denominado de submarino, ao fundo.
Bem hajam.